11/12/14

... aprender a saber ...


... engenharia de menus. descobri esta música entre muitas. por empréstimo de um cd. que devolverei com outro. para redescoberta ou simples partilha. e quando terminei de pensar tinham passado quatro horas. circulavam livros. falou-se de filmes. ouvia a lista. teria junto mais alguns. este visto recentemente já com o tempo contado. gosto do actor. e a viagem ao universo disney. porque somos feitos de memórias. e coisas que alguns compreendem e outros não. não é só idade. é vida. vivências. e um som novo que ouvi também me faz lembrar disto tudo. que uma aula centrada nas coisas da cozinha, dos custos, do produtos, da forma como tudo tem que se organizar para ter lógica, para ser sustentável como modernamente se diz, foi muito mais do que isso. porque aprender estas coisas da cozinha passa por formar pessoas antes de formar técnicos. como construir uma carta não é só colocar lá produtos para venda. mesmo que tenham que lá estar. de livro aberto sobre a mesa hoje perdi-me por vários momentos. fui conhecer o país de cocanha retratado por brugel enquanto decorria a conversa. não estava distraído. estava atento. o pensamento fez co-relações de coisas. para além do que estava a ser dito. ouvido. conversado. pensei na "disneyficação" da sociedade de que tanto falei em tempos. e pensei que no que comemos também foi assim. o tempo das coisas felizes. das coisas explicadas. e ao ver uma parte de um filme da disney projectado e do meu rosto, quase instintivamente ter saído um sorriso, pensei nisso. que criar cozinha tem que ter aquela simplicidade mágica que cativa. como qualquer coisa que se faça nesta área. do vulgo. do vulgar, está o mercado cheio. do corrente. palavra que adoro e com a qual adorno tantas vezes a descrição da contemporaneidade. corrente. de fluir. ou de correr. ou de cativeiro. isto porque o desafio de construir um menu de degustação se elevou a desafio de construir algo para além do óbvio. e fechei o tempo de pensar. viajei até à adega de colares. isto porque quanto diziam que era impossível plantar vinha em areia alguém tentou o contrário. e estas coisas é que nos fazem pensar. isto são aulas. melhor, lições. assim, como digo sempre, vale a pena. e afinal eram só números...

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