08/10/14

... começar, de novo...




«para vencer - material ou imaterialmente - três coisas definíveis são precisas: saber trabalhar, aproveitar oportunidades, e criar relações. o resto pertence ao elemento indefinível, mas real, a que, à falta de melhor nome, se chama sorte.» 
fernando pessoa

... eis que me deparo com esta frase. abertura e acolhimento. primeiro dia de "aulas". sim, porque este espaço passa a ser central. virei aqui partilhar coisas aprendidas. é um caminho este, que vou fazer. de um lado para o outro. das nove para as dez. mudar completamente (ou nem por isso) um rumo de vida. talvez seja só mais um passo. um conjunto de passos. dados num sentido. dizer a nada que não. até encontrar o percurso, porque o caminho esse, há muito estava traçado. mas é um passar de um lado para o outro, efectivamente. de professor para aluno. durante um ano e meio. para levar este desafio em frente. de aprender que a cozinha tem um lado histórico, artístico, criativo, vivo. e poder, com isto, investigar. aprender a prática. pensar tudo o resto. e na primeira aula, uma professora de experiência alargada e olhar inteligente, colocou esta frase em destaque. eu sou um fatalista por natureza. o que o poeta chama de sorte eu chamo de destino. deve ser a mesma coisa. devem ter o mesmo sabor. a ideia que tudo está escrito, como num livro de receitas. agora, é mesmo começar. com ou sem sorrisos, com ou sem dias de cansaço para além do limite, mas começar. porque afinal não é mudança nenhuma. nem andar para trás ou para a frente. é só ir aprender uma coisa que não sei. e isso é o que de mais belo qualquer ser humano pode fazer. começa aqui. tudo. essa partilha. e esses dias em volta de pratos, copos, panelas e facas. uma aventura em torno da cozinha e das pessoas que me vão ensinar. e ainda bem. porque o que quero é aprender. tudo o resto é só sorte. indefinível. ou azar. feito fado. veremos.  pois, foi por isso que nos aventurámos nestes novos percursos. e que os dias sejam feitos disto. 

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