08/02/15

... quiche de domingo ...

... às vezes o domingo é o único tempo de silêncio que existe. de pausa. de sossego. de repouso. às vezes, nem isso. nem esse tempo resta. ou existe. por isso, é a poesia que salva. quando chega domingo. oiço vezes sem conta o começo do poema. as coisas mais belas. uma delas, o almoço. às vezes, também sem tempo. a correr, também. ou feito com pressa porque tudo está atrasado. às vezes, no domingo. 
«penso isto, e vou a grandes passadas... 
e um domingo parei numa praça
e pus-me a gritar o que sentia, 
mas todos acharam estranhos os meus modos 
e estranha a minha voz...»

manuel da fonseca



quiche de domingo
60 minutos
ingredientes
massa quebrada
 50g frango
50g toucinho
50g feijão verde
50g pimento verde
50g milho
50g cenoura
50g queijo
200g natas
3 ovos
manjericão

receita: forre uma forma de tarte com a massa quebrada depois de untar. coza o frango e desfie. corte todos os ingredientes para o recheio da quiche em cubos pequenos. saltei o frango com o toucinho numa frigideira. não lave e saltei-e os legumes misturados refrescando com vinho branco. coloque na forma já com a massa quebrada o frango e o toucinho. depois o queijo cortado também em cubos pequenos. depois de saltear (durante o tempo necessário para quase ficarem cozidos) os legumes coloque por cima dos ingredientes anteriormente dispostos. junte as natas com os ovos e tempere com sal, pimenta e manjericão. verta o preparado anterior para a forma de tarte de forma uniforme. leve ao forno a 180º até ficar dourado/pronto.

dica: sirva com um vinho branco fresco.

... é sempre o tempo que temos, como a poesia que temos, que nos prende ao presente. nem que seja por uns segundos. ou por uns instantes. demorados no cansaço que impera. ou para o desfazer. o sabor ajuda. a conversa, incompleta, sempre, demora-se. como quase tudo o resto. fica imperfeitamente feito. porque é domingo e ao domingo todas as coisas são sempre imperfeitas. mesmo não parecendo...

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